terça-feira, 26 de janeiro de 2010

CORRIMENTO VAGINAL

Severino Rodrigues de Figueiredo

É comum em clinicas privadas ou em serviços públicos a queixa de corrimento vaginal. .esta é a queixa mais freqüente, ocorre em 80% das paciente que procuram um atendimento em ginecologia.. A paciente procura o serviço médico referindo um prurido intenso, acompanhado de corrimento Esta paciente é virgem?, teve contato sexual? Informando que o corrimento de odor fétido ficou mais intenso e arduo logo após a relação sexual, surgindo tambem, o prurido.

Os fatores desencadeastes que estão diretamente relacionados abrangem :: desde os hábitos de higiene até os germes, bactérias, processos neoplasicos, roupas sintéticas, desodorantes íntimos, papeis higiênicos ,principalmente os perfumados , as DST. masturbação, absorventes intravaginais ( UM EXCELENTE MEIO DE CULTURA PARA PROLIFERAÇÃO DE GERMES) corpos estranhos, areia de praias, onde o corpo fica em contato intimo com a areia, onde são depositados detritos orgânicos que entram em decomposição. estes em contato com as partes intimas, mucosa provoca o prurido, secreção etc.. Existe uma gama de causas que devem ser pesquisadas. Outro aspecto: esta gravida a paciente? esta em uso de antibióticos? de imunossupressores?È diabética ?esta usando corticoides? emfim ,tudo deve ser pesquisado. Ou é aquela mãe que chega aflita com sua filha e nos informa que ela esta apresentando corrimento? Ou ainda a recém nata onde a mãe nos informa que a criancinha já nasceu com corrimento?. Ou aquela senhora já com a prole formada , nos procura pois notou suas vestes intimas manchadas de sangue, ou secreção?. Mais ainda, aquela jovem tímida, que nunca se submeteu a uma avaliação ginecológica Todos estes aspectos devem ser considerados numa avaliação de corrimento vaginal. A moniliase aumenta durante a gravidez, devido os fatores hormonais proprios da gestação O uso de antibióticos por muito tempo pode desencadear um desequilíbrio na flora vaginal levando a paciente a apresentar corrimento. A paciente diabética pode apresenta um quadro de moniliase., as que usam corticoides e imunodepressores tambem estão propensos a apresentar o mesmo quadro clinico .Enfim, é vasto o campo de pesquisa para os fatores predisponentes e o ginecologista tem dever de diagnosticar e tratar a paciente juntamente com seu parceiro caso tenha vida sexual ativa.. logo após o resultado da citologia. oncótica. Na criança devemos pesquisar os corpos estranhos , parasitoses mãos contaminadas por secreções nasais,infecções da pele, higiene da região perineal etc. Quando a paciente é idosa, devemos pesquisar as causas neoplásicas, diabetes etc. Na criança é importante pesquisar os hábitos de higiene tanto no ambiente familiar, quanto escolar, o papel higiênico se é do tipo perfumado ou se neutro. Outro germe que causa corrimento Tricomonas vaginalis adquirido através de relação sexual,mas em crianças a contaminação se faz através de roupas,tolhas contaminadas Por fim ,devemos também citar os corrimentos que a RN apresenta devido a influencia dos hormônios da placenta.Os corrimentos da puberdade devido a estimulação estrogenica própria da adoloescencia, tambem as secreções do periodo ovulatório, que antecede a menstruação As recidivas são frequentes , é aquela paciente que retorna ao serviço médico informando que logo após ter relação sexual começou a apresentar os mesmos sintomas. E onde entra o parceiro sexual, Este deve ser avaliado dependendo do tipo de patologia que a parceira apresentar este deve ser tratado conjuntamente. Se assim não proceder ,ela ficará escrava dos medicamentos antifungicos. Muitas vezes por falta de conhecimento do parceiro sexual. que na maioria das vezes, não faz o tratamento estes referem que não sente nada, não tem secreção, querem ter relações sexuais com a esposa, esta estando em tratamento .. Daí a importancia do cônjuge acompanhar sua esposa ou parceira sexual numa avaliação ginecológica .
Fonte:Ginecologia da Infância e Adoloescencia BIK 2 edição.

Nenhum comentário: